terça-feira, 10 de junho de 2008
Regresso
De regresso. Em trabalho, a acompanhar o Director Nacional do Ensino Técnico Profissional de Moçambique, que vai visitar algumas das nossas escolas profissionais, irei, também, aproveitar para abrir a "grande angular" dos olhos e me embebedar com as nossas paisagens transmontanas.
Onde a água é pura, a gente é rude e a natureza nos emoldura a alma.
Esperança
Nestes talvez venha a assentar um Moçambique diferente e de futuro. Alunos da 7ª classe, querem ir para a Escola Profissional de S. Francisco de Assis, ali ao lado. É nossa obrigação dar-lhes as oportunidades que necessitam. Pediram, apenas, esferográficas e cadernos.
Ficou a promessa de as terem. Deixaram os contactos: Patrício e Abraão. Vou falar deles à Irmã Susana.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Massificação
À distância, vou procurando seguir o que se vai passando no Portugal adiado. E chegam-me rumores do logro que está a ser a massificação do Ensino Profissional. Parece que se está apenas a trabalhar para a estatística.
O estigma que caiu sobre o ensino profissional já vem de longe.
Os mais desfavorecidos social, económica e intelectualmente eram encaminhados para o ensino técnico-profissional: "pode ser que o rapaz dê para canalizador!" Mas, como aluno que fui do ensino técnico, mais tarde como professor e director de uma escola profissional, vi tantos "milagres" acontecerem. Tantos e tantos jovens que, marginalizados do sistema geral, foram "recuperados" e integrados, saindo das escolas a sorrirem para a vida.Mas estes "milagres" não sucediam por acaso: escolas humanizadas, onde as pessoas se tratavam pelos nomes, professores preparados, atentos e preocupados, e a "cultura da formação profissional" (direi mesmo, a "mística" da formação profissional) , operavam o que parecia impossível.
Agora duvido da eficácia desta "massificação".Porque ninguém faz omoletas sem ovos, azeite, lume, vontade e saber.
Há tempos, uma professora (Amiga e competente) de uma escola secundária onde foi imposto um curso profissional, perguntava-me, aflita, "o que era essa coisa de progressão modular e como se processava a respectiva avaliação"
O marketing político está a funcionar,(os números aparecem nos "media" numa bem orquestrada campanha) mas alguns dos dramas e rejeições que se estão a viver em muitas das escolas secundárias que agora ministram cursos profissionais não saiem para a opinião pública.
Não quero ser derrotista, mas parece-me que é, apenas e só, "o faz-de-conta para eleitor ver".
Deus queira que esteja enganado!
O estigma que caiu sobre o ensino profissional já vem de longe.
Os mais desfavorecidos social, económica e intelectualmente eram encaminhados para o ensino técnico-profissional: "pode ser que o rapaz dê para canalizador!" Mas, como aluno que fui do ensino técnico, mais tarde como professor e director de uma escola profissional, vi tantos "milagres" acontecerem. Tantos e tantos jovens que, marginalizados do sistema geral, foram "recuperados" e integrados, saindo das escolas a sorrirem para a vida.Mas estes "milagres" não sucediam por acaso: escolas humanizadas, onde as pessoas se tratavam pelos nomes, professores preparados, atentos e preocupados, e a "cultura da formação profissional" (direi mesmo, a "mística" da formação profissional) , operavam o que parecia impossível.
Agora duvido da eficácia desta "massificação".Porque ninguém faz omoletas sem ovos, azeite, lume, vontade e saber.
Há tempos, uma professora (Amiga e competente) de uma escola secundária onde foi imposto um curso profissional, perguntava-me, aflita, "o que era essa coisa de progressão modular e como se processava a respectiva avaliação"
O marketing político está a funcionar,(os números aparecem nos "media" numa bem orquestrada campanha) mas alguns dos dramas e rejeições que se estão a viver em muitas das escolas secundárias que agora ministram cursos profissionais não saiem para a opinião pública.
Não quero ser derrotista, mas parece-me que é, apenas e só, "o faz-de-conta para eleitor ver".
Deus queira que esteja enganado!
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