sábado, 11 de janeiro de 2014

Terorias da Conspiração

Eu não quero acreditar em teorias da conspiração, nem em pagamentos de favores. Nem em gatos escondidos com o rabo de fora. Mas li hoje o "Expresso". E afinal... o melhor é comentar com o meu Amigo NA nos nossos footings da Alameda do Borralho.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Eusébio

Reabro hoje, em 5 de janeiro do ano da graça de MMXIV, este meu blog que tem estado encerrado nem sei bem porque motivos. Talvez à espera de uma insolvência oficial, que tenho, sistematicamente, adiado. Estando em Moçambique e tendo este blog por título “africando-africando”, não podia ficar indiferente à morte de Eusébio da Silva Ferreira, que ganhou, nos meandros do futebol, os cognomes de “Pantera Negra”, “King” e outros. O meu club do coração era, é e será sempre a Académica de Coimbra, a velha “Briosa”. No entanto, eu traía a Académica no Basquete, pois, aí, era do “Olivais Futebol Club” que “morava” ao meu lado e ao qual a minha Família está ligada desportiva e afetivamente. Mas não escondo que, no futebol, o Benfica foi sempre o meu segundo clube. Sacudiu-me, hoje de manhã, a morte de Eusébio e veio-me à memória as alegrias que me deu, no meu segundo plano de benfiquista e no meu primeiríssimo plano de Português. E, sem querer, fiz um rewind da memória visual. Apareceu-me a televisão de minha casa, de marca NORA (que demorava três minutos a apresentar a imagem) a transmitir de Inglaterra, em 66 do século passado, o mundial de futebol. E o jogo da Coreia onde Eusébio marca 4 golos depois de estarmos a perder por 3-0, ao intervalo. E o enxugar das lágrimas à camisola das Quinas depois da derrota com a Inglaterra. E o boné do polícia britânico que Eusébio trazia na cabeça no regresso de Londres. Não privei cedo com Eusébio: conheci-o, pessoalmente, em Lisboa, apenas em 2010, quando me integrava numa comitiva de dirigentes moçambicanos. E, por mais duas vezes, em Moçambique, em casa de Amigo comum, por acaso sportinguista, convivi com ele. Falávamos de futebol e das ”estórias” a ele associadas e pouco conhecidas. Impressionava-me com a fluidez das suas conversas, da sua memória e do seu raciocínio, nada em sintonia com o que fazia em frente às câmaras de televisão. Era o seu lado tímido que aí funcionava. E falávamos, também, de “males e caramunhas”. Ele tinha ouvido falar da “Moringa” e dos seus espetaculares efeitos terapêuticos. No almoço seguinte, ofereci-lhe dois pacotes, da boa, vinda de Tete. Conheço muito da vida de Eusébio, pois em Moçambique, no Cordeiro, em Malhangalene, por várias vezes o Senhor Mário Coluna me tem falado dele. Morreu um Moçambicano / Português ou um Português / Moçambicano? Moçambicanos e Portugueses estamos todos de luto. Descansa em Paz “KING”