domingo, 29 de março de 2009

A corrente que não pára.

Em pouco tempo, desta tarde meio tropical, três crianças ficaram mais acompanhadas. Veio agora o JJFMA e a Esposa a quererem partilhar os seus afectos com estas crianças.
Fica bem entregue a Margarida (nome fictício)
Obrigado, querido Amigo. Mumemo ficará agora, obrigatoriamente, na tua rota quando por cá passares.

Violeta do Campo

 

Esta gatinha, encontrei-a eu, em dia de fortes chuvadas, abandonada, a atravessar a Av. Mao Tsé Tung, aqui ao lado. Não teria muitos minutos de vida, dada a intensidade do tráfego.
Dei comigo a apanhá-la e, uma vez na minha mão,qual esponja ensopada, perguntei-me: e agora? Condoeu-se-me o coração e não tive coragem para me separar dela. Hoje vive feliz, rodeada de carinhos e afectos.
A Magnólia (nome fictício) vai para a Violeta do Campo. A sua história é simples (e complicada): os pais morreram de sida e as Irmãs, como sempre, recolheram-na e querem fazer dela uma mulher válida.
A Violeta do Campo, decerto irá ajudar. E muito!
Obrigado
Posted by Picasa

Salvé, Madrinha nº1

 

A Princesa (nome fictício) já tem madrinha, a quem foi contada, por email, a sua história. E que partilho com os leitores, para se aperceberem dos dramas que vão pos estas paragens e da validade da obra das Irmãs Fransciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, cuja alma mater se chama Irmã Susana Custódio Marques.
O pai da Princesa morreu. Segundo a tradição moçambicana a mãe foi afastada. As viúvas são proscritas. Ficou então ao cuidado do avô, eventualmente com sida, que...a violou, pois há a crendice que um homem que tenha sida se tiver relações com uma virgem a sida desaparace. E o contrário também se verifica: se uma mulher com sida tiver relações com um rapaz virgem, fica limpa.
A Princesa ficou com as pernas partidas. Está a recuperar. Mas ficou também incontinente a nível de intestinos e de urina. Está a receber apoio médico. Usa ainda fraldas. É muito inteligente e na escola começa a ir muito bem.
A tua madrinha, Princesa, vai ajudar-te. Podes crer.
Posted by Picasa

sexta-feira, 27 de março de 2009

Alô Madrinhas! Alô Padrinhos!

 

Cá está o primeiro grupo. Só meninas:a Fátima (8 anos), a Cléusia (5 anos), a Acitânia (9 anos), a Elisa (14 anos) - estas todas irmãs. E, ainda, a Inora ( 8 anos) e a Rabeca ( 4 anos). Todas com histórias dramáticas e tristes. Precisam de carinho, precisam de afectos. As suas histórias serão reveladas aos futuros padrinhos e madrinhas. Neste post não o irei fazer, como facilmente se compreenderá.
Então o que é preciso para amadrinhar/apadrinhar uma destas crianças?
Em primeiro lugar, querer fazê-lo, manifestando essa vontade.
Depois assumir o acto.
Como? De várias formas: escrevendo para o afilhado(a); mandando fotos, roupas, brinquedos, uns livros infantis; os cadernos, os lápis e as borrachas para a escola; uma ajuda pecuniária - mensal, trimestral - dentro das posses de cada um (transferida para a conta das Irmãs, cujos elementos fornecerei em email e não neste post). E depois, bem e depois, se for possível, passar por cá para ver o afilhado ou a afilhada.
Então fica o email, para as comunicações e as referências mais reservadas:
j.ming.abreu@gmail.com
Fico â espera. Obrigado a todos!
Posted by Picasa

quinta-feira, 26 de março de 2009

Habilidades linguísticas

Há uns tempos li num jornal um anúncio que pedia candidato a lugar numa ONG que tivesse "fluência em inglês falado e escrito e habilidades de falar português"
A ONG em causa, certamente, esqueceu que este espaço é lusófono e que melhor seria pedir quem tivesse fluência em português falado e escrito e habilidades em inglês.
Mas, aos poucos, os interesses globais e o esperanto do polaco Zamenhof em que o inglês se transformou, levarão a água ao seu moinho.
E, pobre de nós, mais ano menos ano, ou saberemos todos, fluentemente, o inglês ou o português só nos servirá para umas habilidades.

terça-feira, 24 de março de 2009

Mumemo-Sempre Mumemo

 

 

 

 

Quando me canso da vida turbulenta desta Maputo cosmopolita, quando o gabinete onde trabalho me traz a fobia dos papeis, quando me apetece respirar um ar mais puro e fresco, pego no companheiro (motorizado) de tantas horas e de tantas aventuras e "pisgo-me" para Mumemo. Ali tenho a Escola Profissional de S. Francisco de Assis: inteiro-me do seu funcionamento, percorro as oficinas, falo com directores,professores e alunos, procura essa força da natureza chamada Irmã Susana Marques, como um bolo de coco na padaria, compro pão (de forno a lenha) para trazer para casa e respiro fundo. Fico retemperado.
Mas, em Mumemo, são as crianças que me fascinam. As que permanentemente estão a chegar, recolhidas não se sabe bem de onde, sem nome nem idade, com olhos que mendigam mais afectos do que pão e que, a correr e a cantar, me vêm cumprimentar e saudar, tratando-me umas vezes por "papá" outras por "mano Zé".
Disse-me, hoje, a Irmã Susana que trouxe mais sete ! Que precisa de padrinhos e de madrinhas para as ajudar. Fiquei de as ir fotografar e, numa postagem, as anunciar como candidatas a afectos, mesmo que longínquos. Hei-de explicar como isso se faz, terei de me informar primeiro.
E se este intermitente blog ainda tiver leitores, talvez surjam os desejados padrinhos e madrinhas.
Posted by Picasa