terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Mezinhas



A minha empregada tem verificado, ao longo destes anos, que travo uma má relação com louças e vidros.

De vez em quando lá vai um copo, um prato, a tampa de um bule, ou algo mais desde que seja quebrável.

Hoje, por um triz, não escaqueirei mais um copinho dos três que restam de uma colecção de seis.

- Patrão, disse-me ela, tem que passar pelo ovo.

- Não posso comer ovo todos os dias, Francina, tem colestrol e tenho que me defender.

Não percebeu. Saíu!

Pouco depois, apareceu-me com um ovo fresco dentro de uma taça e uma faca. Fiquei atónito.

- Patrão, abra as mãos.

Abri. Colocou-me o ovo entre as mãos, pondo a taça por baixo.

Pegou na faca pela lâmina e,inesperadamente, com um golpe seco, partiu o ovo, ficando eu, na concha das mãos, com uma omoleta pronta para a frigideira.

- Esfrega as mãos, Patrão.

Esfreguei. Reparei que parecia rezar.

- Já está, Patrão, nunca mais vais partir louça.

- Verdade?

- Verdade!

Que alívio! Àmanhã, para o mata-bicho, recomendei que o servisse em "Vista Alegre"!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Intrusão

 
Voltaste Daniel.
Só mais esta vez.

O(A) intruso(a) que te retirou da última postagem, não sei com que (inconfessáveis) fins, vai ter que suar para continuar a fazer estas brincadeiras.

E, apesar de desaparecido do blog este tempo todo, habitas todas as horas dos meus dias africanos.

Deito-me e adormeço contigo no pensamento.

É o melhor que tenho na vida.

Porta-te bem e quando vires um avião, retoma o comentario: Vovôôô!
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