sábado, 7 de novembro de 2009

Daniel.o.príncipe

Olá Daniel,

Às 6 da manhã, de hoje, sábado, eu vim para o escritorio trabalhar. Está fresco e quero aproveitar o dia em casa para pôr em dia vários processos que exigem concentração, que não consigo quando estou no Ministério.

Agora, às 9, abri o mail e qual não foi a surpresa de verificar que estavas escondido no computador à espera que eu te abrisse a porta. E fez-me bem a tua visita. Estava a ficar saturado de tanto pensar e tu trouxeste-me frescura, ânimo e felicidade.

É bom ter um neto assim.

Em breve serei eu a fazer-te uma surpresa.

Prepara-te para me abrires a porta da casa e do coração.

Aposto que já vais conduzir melhor o RR.

Beijo

Avô (Africano)

domingo, 1 de novembro de 2009

Avaliação Externa das Escolas Profissionais

 

Há por aí a ideia de que os Inspectores são carrancudos, não exteriorizam sentimentos, são frios e distantes.
Em S. Francisco de Assis - Mumemo, dei com eles a sorrirem assim.
Será do contexto?
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Campanha...é Campanha

 

 

Mal saberia o poeta, há quatrocentos e tal anos atrás, que um dia, depois de ter salvo a nado a sua obra prima, viria a fazer campanha pela FRELIMO na Ilha de Moçambique.
O certo é que na Ilha a FRELIMO ganhou.
Este lider local deve ter dado uma boa ajuda!
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domingo, 26 de abril de 2009

Incrível

 

Parece que para terem exclusividade sobre o mercado os sócios da AMA (Associação Moçambicana de Avicultores) mataram mais de 40 000 pintos que não conseguiam vender. E utilizaram métodos altamente sofisticados: pura e simplesmente verteram água a ferver sobre os animais.
Num país com tanta gente com fome notícias destas deixam-nos estarrecidos e revoltados.
Não há formas de capitalismo diferentes em contextos geográficos diferentes. Há capitalismo apenas. Universal. Sem princípios!
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sábado, 11 de abril de 2009

In Memoriam


Há 41 anos o dia 11 de Abril era uma sexta-feira: sexta-feira Santa.
O meu Pai partiu.
Às 3 horas da tarde.
Com 51 anos.
Eu tinha a frescura dos 20.
Cabelos ao vento, sonhos na cabeça, vontade de viver e de desafiar o Mundo.
Crescia, ainda, entre afectos. Muitos afectos!
Nesse dia, envelheci. Deixei os sonhos e as despreocupações. Tornei-me adulto sem o ser ainda.
Recordo, hoje e aqui, esse dia e relembro o que, então, escrevi no meu "Diário":

"Sexta-feira Santa,
Três horas da tarde,
Foi-se a tua alma para os lugares da Luz.
E muitos pensaram
e alguns disseram:
Morreste no leito,
Ele na Cruz!"


Que estejas em Paz, Pai!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A arte desceu à rua

 

Espero que o original tenha sido hoje entregue ao aniversariante que tem sido o pilar de sustentação deste projecto.
Que os conte por muitos.
À sua saúde, Prof!
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segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Natureza é sábia

 

Àmanhã é o "Dia da Mulher Moçambicana". Feriado Nacional. A Mulher Moçambicana merece de facto este feriado: ela é, simultaneamente, heroína, sofredora e pilar desta sociedade matriarcal.
Do jornal "Domingo" donde retirei esta foto, respigo partes de uma artigo que faz a apologia das vantagens do leite materno:
" Num total de 100 mulheres portadoras do vírus HIV/SIDA, que não sejam submetidas a qualquer medicação e a fazerem aleitamento exclusivo, a probabilidade, ou melhor, o risco de transmitirem o virus da SIDA aos seus filhos varia entre cinco e dez por cento"
" Já para uma mulher seropositiva que não esteja a ser submetida a medicação, mas que opte pela alimentação de substituição, o risco das crianças morrerem até aos dois ou três meses é de 50%. Quer dizer, a probabilidade aumenta 15vezes mais.
E mais adiante:
"Presentemente, no país, todas as mulheres grávidas e seropositivas, na última fase da gravidez, fazem medicação antirectroviral, inclusivé no dia do parto, de forma a evitar a contaminação do recém nascido pelo vírus da SIDA. Por sua vez este recebe dois medicamentos em forma de xarope, medicação que complementa na criança o tratamento iniciado pela mãe"
Ao ler estas notícias entendemos melhor quão sábia é a Natureza e os avanços que os homens têm vindo a conseguir.
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sexta-feira, 3 de abril de 2009

Especulação ou roubo?

 

Faz parte integrante do meu Kit de viagens ao Moçambque profundo uma caixinha de Ultra Levure.
Fui comprar esta com 20 saquetas . Preço 671 meticais. Produto importado por uma tal " Medimport." Reparei que o PVP, em Portugal, é de 6,71 Euros. Aqui custa, apenas, 3 vezes mais. Mesmo com o pagamento das taxas de importação há muita especulação (ou mesmo roubo) E as farmácias são um grande negócio.Cá como em Portugal. O mal é de quem está doente, sobretudo do povo humilde que não pode pagar.
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quarta-feira, 1 de abril de 2009

E pronto...do longe se fez perto

 

Falta apenas a confirmação da G. para que estas seis crianças comecem a receber afectos. De longe. Mas que chegarão e serão importantes. E vou vê-las, com alegria, a exibirem as fotos das madrinhas/padrinhos, a vestir as roupas enviadas e a escrever e a estudar pelo material escolar que lhes for oferecido.
Estão,portanto, melhor do que estavam antes.
Não foi possível contemplar todos os pedidos. Mas, infelizmente, estão sempre crianças a chegar. Quando tal suceder farei constar em novo post.
Mas, para Mumemo, em breve pedirei outro apoio. Também para crianças. Da Escola Primária. Preciso de 6000 boas-vontades. Não me assusto com este número. O que será? Em breve o revelarei. O mal é que este blog não deverá ter tantos leitores. Mas talvez o passa-palavra resulte. E contarei, de certeza, com o apoio do Zé Matias Alves.
Agora, madrinhas/padrinhos mandem-me as vossas fotos. Para eu imprimir aqui. Para plastificar e dar às vossas afilhadas. Fica o meu email: j.ming.abreu@gmail.com.
Obrigado a todas(os)
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domingo, 29 de março de 2009

A corrente que não pára.

Em pouco tempo, desta tarde meio tropical, três crianças ficaram mais acompanhadas. Veio agora o JJFMA e a Esposa a quererem partilhar os seus afectos com estas crianças.
Fica bem entregue a Margarida (nome fictício)
Obrigado, querido Amigo. Mumemo ficará agora, obrigatoriamente, na tua rota quando por cá passares.

Violeta do Campo

 

Esta gatinha, encontrei-a eu, em dia de fortes chuvadas, abandonada, a atravessar a Av. Mao Tsé Tung, aqui ao lado. Não teria muitos minutos de vida, dada a intensidade do tráfego.
Dei comigo a apanhá-la e, uma vez na minha mão,qual esponja ensopada, perguntei-me: e agora? Condoeu-se-me o coração e não tive coragem para me separar dela. Hoje vive feliz, rodeada de carinhos e afectos.
A Magnólia (nome fictício) vai para a Violeta do Campo. A sua história é simples (e complicada): os pais morreram de sida e as Irmãs, como sempre, recolheram-na e querem fazer dela uma mulher válida.
A Violeta do Campo, decerto irá ajudar. E muito!
Obrigado
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Salvé, Madrinha nº1

 

A Princesa (nome fictício) já tem madrinha, a quem foi contada, por email, a sua história. E que partilho com os leitores, para se aperceberem dos dramas que vão pos estas paragens e da validade da obra das Irmãs Fransciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, cuja alma mater se chama Irmã Susana Custódio Marques.
O pai da Princesa morreu. Segundo a tradição moçambicana a mãe foi afastada. As viúvas são proscritas. Ficou então ao cuidado do avô, eventualmente com sida, que...a violou, pois há a crendice que um homem que tenha sida se tiver relações com uma virgem a sida desaparace. E o contrário também se verifica: se uma mulher com sida tiver relações com um rapaz virgem, fica limpa.
A Princesa ficou com as pernas partidas. Está a recuperar. Mas ficou também incontinente a nível de intestinos e de urina. Está a receber apoio médico. Usa ainda fraldas. É muito inteligente e na escola começa a ir muito bem.
A tua madrinha, Princesa, vai ajudar-te. Podes crer.
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sexta-feira, 27 de março de 2009

Alô Madrinhas! Alô Padrinhos!

 

Cá está o primeiro grupo. Só meninas:a Fátima (8 anos), a Cléusia (5 anos), a Acitânia (9 anos), a Elisa (14 anos) - estas todas irmãs. E, ainda, a Inora ( 8 anos) e a Rabeca ( 4 anos). Todas com histórias dramáticas e tristes. Precisam de carinho, precisam de afectos. As suas histórias serão reveladas aos futuros padrinhos e madrinhas. Neste post não o irei fazer, como facilmente se compreenderá.
Então o que é preciso para amadrinhar/apadrinhar uma destas crianças?
Em primeiro lugar, querer fazê-lo, manifestando essa vontade.
Depois assumir o acto.
Como? De várias formas: escrevendo para o afilhado(a); mandando fotos, roupas, brinquedos, uns livros infantis; os cadernos, os lápis e as borrachas para a escola; uma ajuda pecuniária - mensal, trimestral - dentro das posses de cada um (transferida para a conta das Irmãs, cujos elementos fornecerei em email e não neste post). E depois, bem e depois, se for possível, passar por cá para ver o afilhado ou a afilhada.
Então fica o email, para as comunicações e as referências mais reservadas:
j.ming.abreu@gmail.com
Fico â espera. Obrigado a todos!
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quinta-feira, 26 de março de 2009

Habilidades linguísticas

Há uns tempos li num jornal um anúncio que pedia candidato a lugar numa ONG que tivesse "fluência em inglês falado e escrito e habilidades de falar português"
A ONG em causa, certamente, esqueceu que este espaço é lusófono e que melhor seria pedir quem tivesse fluência em português falado e escrito e habilidades em inglês.
Mas, aos poucos, os interesses globais e o esperanto do polaco Zamenhof em que o inglês se transformou, levarão a água ao seu moinho.
E, pobre de nós, mais ano menos ano, ou saberemos todos, fluentemente, o inglês ou o português só nos servirá para umas habilidades.

terça-feira, 24 de março de 2009

Mumemo-Sempre Mumemo

 

 

 

 

Quando me canso da vida turbulenta desta Maputo cosmopolita, quando o gabinete onde trabalho me traz a fobia dos papeis, quando me apetece respirar um ar mais puro e fresco, pego no companheiro (motorizado) de tantas horas e de tantas aventuras e "pisgo-me" para Mumemo. Ali tenho a Escola Profissional de S. Francisco de Assis: inteiro-me do seu funcionamento, percorro as oficinas, falo com directores,professores e alunos, procura essa força da natureza chamada Irmã Susana Marques, como um bolo de coco na padaria, compro pão (de forno a lenha) para trazer para casa e respiro fundo. Fico retemperado.
Mas, em Mumemo, são as crianças que me fascinam. As que permanentemente estão a chegar, recolhidas não se sabe bem de onde, sem nome nem idade, com olhos que mendigam mais afectos do que pão e que, a correr e a cantar, me vêm cumprimentar e saudar, tratando-me umas vezes por "papá" outras por "mano Zé".
Disse-me, hoje, a Irmã Susana que trouxe mais sete ! Que precisa de padrinhos e de madrinhas para as ajudar. Fiquei de as ir fotografar e, numa postagem, as anunciar como candidatas a afectos, mesmo que longínquos. Hei-de explicar como isso se faz, terei de me informar primeiro.
E se este intermitente blog ainda tiver leitores, talvez surjam os desejados padrinhos e madrinhas.
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