sábado, 19 de janeiro de 2008

Cheias em Moçambique



Chegam-me, de Moçambique, relatos e imagens das cheias que assolam o centro do país. Ouço falar dos desalojados, dos mortos e dos desaprecidos. Lembro-me da Rosita, nascida em cima de uma árvore, nas cheias de 2000. (Vi-a, há tempos, já esquecida por aqueles que, na altura, mediaticamente, quiseram posar com ela). Penso na "minha" escola de Caia, paredes meias com a fúria do rio, sem saber ao certo o que lá se passa. Compagino as cheias com as secas que, de forma cíclica, também têm atingido Moçambique. Vejo, quando por lá ando, os resquícios da guerra que durante mais de uma década dividiu os moçambicanos. E penso que, se a guerra teve o carimbo dos homens, as calamidades naturais têm tido o carimbo de Deus. Pobre país!
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Colónia - Uruguai



Basta atravessar os 100 Km de largura do Rio da Prata para chegar de Buenos Aires a Colónia, no Uruguai. Ao percorrer a parte velha da cidade fica-se com a impressão de que se está em Trás-os-Montes.E a "Plaza Manuel Lobo", fundador da cidade, bem como a casa dos governadores, agora transformada em "Museo Português", atestam, de forma inequívoca, que os portugueses de antanho, andarilhos do mundo, teimaram, sempre, em deixar a alma pelo mundo, "em pedaços, repartida".
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Argentina



Recordar a Argentina e um momento de lazer. Ao ritmo do tango, com Gardel em fundo. Nunca é tarde para aprender. Com profissionais, claro...
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Salvé, Daniel!

O ansiado momento sempre tinha que chegar. E chegou: às 18 horas e 14 minutos do dia 17 de Janeiro de 2008, na "cidade do conhecimento", nasceu o Daniel, meu primeiro (e desejado) neto.
Cresce em paz Daniel!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Mulheres da Ilha



Em 2005, o Seminário sobre "Avaliação e Progressão Modulares", teve lugar na Ilha de Moçambique. No acto do encerramento, o Director da Escola Profissional da Ilha de Moçambique, fez actuar, para profesores-formandos e convidados, um extraordinário grupo de dança local, cujas fotos não resisto a partilhar com os leitores.
Assim vão ficando algumas marcas indeléveis deste percurso.
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LNEC

A aguardar regresso a Moçambique, por aqui ando, lendo, ouvindo e vendo o que se vai passando, fazendo e discutindo neste Portugal adiado.Preocupa-me o desencanto e a desesperança que vejo estampados no olhar de tanta gente com quem me cruzo no dia-a-dia. Parece que caminhamos todos, de afogadilho, dentro de um túnel cuja saída não se vislumbra. Estamos como que anestesiados colectivamente, arrastando conformismos e desalentos.
Mas, agora, fiquei satisfeito com o veredicto sobre a localização do novo aeroporto.O Laboratório Nacional de Engenharia Civil,um organismo público onde trabalham (e bem) muitos funcionários públicos e que, pelos vistos, não são madraços nem incompetentes, de uma penada, arrumou os estudos, pagos a preço de ouro, de empresas privadas que, nalguns casos, devem ter tido mais em conta os interesses ocultos de muito boa gente, que os interesses do país. E relembrando Miguel de Sousa Tavares numa das suas crónicas do "Expresso", muio interessante seria sabermos a quem pertencem essas empresas de consultoria a quem o Orçamento Geral do Estado, tantos rios de dinheiro tem alocados.
De qualquer maneira, público louvor ao LNEC, Senhor Primeiro Ministro!

domingo, 6 de janeiro de 2008

2008 - "Um olhar de Esperança"


Os caminhos estão traçados
Ávidos de conhecimentos
Marcando a implantação de uma casa

No deabaldar de mais um ano, olho o futuro com olhos de esperança.
As Escolas Profissionais de Moçambique irão consolidar-se.
Em férias, em Portugal, vejo os desperdícios desta nossa sociedade consumista e penso que muitos deles seriam de grande préstimo para estes jovens moçambicanos que apenas esperam que lhe seja dada uma oportunidade. Serão já 4 500, distribuídos por 20 escolas, espalhadas por todo aquele vasto território, que se recusam ao conformismo e querem caminhar mais além; vejo os directores a fazerem milagres e a transformarem as dificuldades em recursos; vejo os professores e a vontade que trazem estampada no olhar, de aprender sempre e mais; vejo as comunidades a acreditarem nas "suas" escolas; vejo a doação completa de quem tem ido daqui levar mensagens e testemunhos, compreendendo, "in loco", que a solidadriedade não é uma palavra vã; vejo-me, a mim, com vontade férrea de continuar este trabalho e de prosseguir esta caminhada, mobilizando mais vontades e apoios para o muito que ainda é necessário fazer.
Àvante!
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