sábado, 19 de janeiro de 2008

Cheias em Moçambique



Chegam-me, de Moçambique, relatos e imagens das cheias que assolam o centro do país. Ouço falar dos desalojados, dos mortos e dos desaprecidos. Lembro-me da Rosita, nascida em cima de uma árvore, nas cheias de 2000. (Vi-a, há tempos, já esquecida por aqueles que, na altura, mediaticamente, quiseram posar com ela). Penso na "minha" escola de Caia, paredes meias com a fúria do rio, sem saber ao certo o que lá se passa. Compagino as cheias com as secas que, de forma cíclica, também têm atingido Moçambique. Vejo, quando por lá ando, os resquícios da guerra que durante mais de uma década dividiu os moçambicanos. E penso que, se a guerra teve o carimbo dos homens, as calamidades naturais têm tido o carimbo de Deus. Pobre país!
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