" O paradigma do capitalismo é igual em toda a parte, mas algumas "nuances" podem ser territorializadas.
Vejamos:
Capitalismo ideal: Você tem duas vacas, vende uma, compra um boi, vem uma manada, vende a manada, fica rico, e "bate o charuto".
Capitalismo americano: Você tem mil vacas, vende uma, compra hormonas e consegue que as 999 produzam o leite de 4 000! Não tem escoamento para tanta produção. Bombardeia as manadas do Iraque, saca petróleo, entretanto as criancinhas ficam raquíticas e, como tem bom coração,exporta os excedentes para este país. Com os derivados do petróleo faz rações, as populações ficam intoxicadas, mas os investigadores inventam fármacos para eliminar esses efeitos; as multinacionais comercializam-nos a preços proibitivos.
Capitalismo japonês:Vocês tem duas vacas. Redesenha-as, reduzindo-as ao tamanho de uma vaca normal e prooduz vinte vezes mais leite. Cria, entretanto, desenhinhos de vacas chamadas vaquimon e vende-as para todo o mundo.
Capitalismo britânico: Você tem duas vacas. Ao verificar que ambas são loucas, comercializa-lhes rapidamente pele e chifres, faz lindos e caros objectos que impulsionam os compatriotas a seguirem-lhe o exemplo e cria uma indústria a partir dessa loucura.
Capitalismo holandês: Você tem duas vacas. Vivem em união de facto. Não gostam de bois. Bons em marketing, mundializam a situação, cresce o turismo para ver aquelas vacas e entram divisas de todo o mundo, via turistas.
Capitalismo alemão: Você tem duas vacas. Produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.
Capitalismo russo:Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta-as, de novo, e vê que tem quarenta e duas. Volta a contar e vê que tem doze. Pára de contar e abre outra garrafa de vodka.
Capitalismo suiço: Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Cobra para guardar as vacas dos outros, sobretudo vindas de países onde é proibido criar vacas. As vacas são numeradas, distribuídas por vários currais e ninguém sabe a identidade do dono original. Entretanto o dono finou-se num acidente e o pastor ficou com as vacas.
Capitalismo espanhol: Você tem imenso orgulho em ter duas vacas.
Capitalismo brasileiro: Você tem duas vacas, ensina-lhes a sambar e reclama porque o rebanho não cresce.
Capitalismo hindú: Você tem duas vacas, ai de quem tocar nelas.
Capitalismo português: Você tem duas vacas que comprou através do Fundo Social Europeu. O Governo cria o IVA (Imposto Vacuum Acrescentado). Vende uma vaca para pagar o imposto. O fiscal aparece e multa-o, embora você tenha pago correctamente o IVA, o valor devido era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. O Ministério das Finanças, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos, coiro e botões, presume que você tenha duzentas vacas. Para se livrar do incómodo você dá a vaca que resta ao inspector das finanças para que ele feche os olhos e dê um jeitinho.
Capitalismo moçambicano: Você tem duas vacas. Um dia, não se sabe como, apareceram-lhe no curral mais mil vacas. Cada uma bebe por dia 50 litros de água. Amigos do alheio, munidos de AKM passaram por ali e levaram-lhe 1001 vacas. Passado um ano após o roubo, veio a AdM (Águas de Moçambique) e facturou-lhe a água em função das cabeças de gado que já não tinha e para evitar pagar dinheiro que não tinha entregou a vaca ao funcionário das àguas de Maputo e foi colocar uma banca à beira da estrada para vender papaias e laranjas. Veio a Polícia Municipal, levou-lhe a banca e você sacou o cabrito ao vizinho.
Capitalismo angolano: Você tem duas vacas. Enfeitou-as com diamantes e gritou orgulhoso: "vacas com as nossas não há em parte nenhuma do mundo"."
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
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